Conversas no metrô - o flagrante
Dois jovens, aparentando ter entre 18 e 20 anos, conversam em pé, ao meu lado.
— Mina chata, mano, tá louco, viu.
— Termina então...
— Ah, véi... num dá. A gente se gosta. A família dela me adora, tá ligado?
— Então pára de reclamar.
— Pô, mano! Ela me ligou 8 vezes hoje. Quer saber o que eu comi, com quem eu conversei no trampo. Reclama até porque só curto as coisas dela no face.
— Mas vocês precisam conversar. Ou então termina e pára de reclamar.
— Tá bom mano. Não vou mais encher suas ideia.
— Termina então...
— Ah, véi... num dá. A gente se gosta. A família dela me adora, tá ligado?
— Então pára de reclamar.
— Pô, mano! Ela me ligou 8 vezes hoje. Quer saber o que eu comi, com quem eu conversei no trampo. Reclama até porque só curto as coisas dela no face.
— Mas vocês precisam conversar. Ou então termina e pára de reclamar.
— Tá bom mano. Não vou mais encher suas ideia.
(um minuto depois, um cochicha p o outro)
— Mano, sabe a mina aí, essa morena (sic!) de óculos? Ela tá digitando a nossa conversa, mano!
Fui pega digitando a conversa alheia. Me apresentei. O mano reclamão perguntou porque eu ia postar. Expliquei que gosto desses diálogos cotidianos e que se ele se importasse, eu não postaria o diálogo deles. Ele quis ler o que escrevi e achou legal. Autorizou.
Quis saber se digito qualquer conversa, se outras pessoas já perceberam eu digitando.
— Deve ter umas conversa doida, né?
No fim, atrevidamente, perguntei se ele queria que eu ligasse para mina dele.
— Pô, valeu. Mas ela ia infernizar. E preciso resolver isso sozinho, tá ligado?
— É, me liguei.
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