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Rindo na chuva

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Naquele sábado ela saiu para almoçar e resolveu caminhar pelas ruas do bairro. Sem roteiro, sem rumo, virando à esquerda e à direita guiada apenas pela intuição e pela curiosidade de sempre. O céu anunciava que talvez fosse melhor deixar o passeio para outro dia tendo em vista a chuva que ele desaguaria sem dó nem piedade (ou seria por dó e piedade?) e ainda assim prosseguiu. Caminhou por uns 20 minutos e a chuva então caiu numa chuverada gostosa. No início, apertou o passo, depois uma corridinha em busca de abrigo. Inútil  o esforço, o estrago era inevitável. E também pensou que era uma bobagem não aproveitar dessa dádiva de estarem ali, só ela e a chuva naquela rua. Desacelerou e continuou o passeio. Como a alma estava feliz com o banho, se esforçava para espantar os pensamentos de “ vou pegar leptospirose ”, “ vou ficar gripada ”, coisas que a mãe sempre disse sobre andar na chuva. E nessa luta interna (a alma ainda ganhando de lavada das vozes da mãe) foi detida por um al