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Mostrando postagens de junho, 2010

Ou isto ou aquilo

Ou isto ou aquilo  (Cecília Meireles) Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares! Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranqüilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo. Esse poema me persegue desde que eu estava no primário (sim, eu sou do tempo do primário!!!). Me lembro de que qdo aprendi a ler eu lia tudo que eu visse pela frente: outdoors, placas, postes. Um dia minha mãe me deu um tapa na boca pq eu comecei a ler uma palavra que estava escrito no banco da Santa Casa. Só fui ent

Reconstrução total

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Dia desses no vai-e-vem do controle remoto parei em um desses programas de “antes-e-depois” que eu adoro. Gosto de acompanhar o processo de transformação das casas, das pessoas. Há situações para as quais você olha e diz, “ah, impossível!” e os caras vão lá e dão jeito. E ao pensar nisso, no porquê gosto tanto desses programas, foi que percebi que estou passando por um processo desses, uma mistura de 10 years younger e   What not to wear . Tô num Extreme Makeover * ! Meu corpo mudou, minha aparência, minhas roupas. Mas é por dentro que a transformação está em ritmo acelerado. Primeiro todos os armários que guardavam quinquilharias foram abertos e tudo foi exposto. Todos os sentimentos adormecidos, guardados no fundo das gavetas, todos os complexos que estavam debaixo do tapete foram sacudidos bem diante do meu nariz. Em meio ao caos não acreditei que fosse possível uma limpeza, uma mudança na situação. Perdi não só o chão, mas também as referências quando vi tudo sen

Retomando

Após um longo período pretendo retomar os posts do blog. Qdo fiz o blog, minha ideia inicial era de que ele fosse um veículo das besteriadas que rolavam na minha cabeça. Coisas sobre a vida, coisas que observo andando pela cidade, convivendo com os humanos. Lembro que a primeira coisa que pensei em postar era sobre a minha estranheza em ver as pessoas comendo comida japonesa, especialmente aquelas fatias de peixe cru. Eu não entendia como num país que tem uma culinária tão quente como acarajé, churrasco e tutu de feijão as pessoas poderiam gostar de carne crua. Hoje, algum tempo depois, já compreendo isso e outro dia até comi peixe cru. Fiquei mais flexível, mais aberta a novas experiências. Hoje as coisas que não compreendo são mais profundas, mais íntimas. Fruto do momento complicado pelo qual estou passando. Esse solzinho de outono me animou, mas ainda preciso organizar minhas ideias. É, eu tenho essa necessidade de organização. Outro dia falo disso também. Talvez eu não consi